sexta-feira, 28 de março de 2008

Campanha aos dizimistas das igrejas



"De graça recebeste, de graça dai"
Jesus
Mateus 10,8



Pra que colocar a igreja como intermediária entre nossa caridade e o próximo?

Que tal dar a décima parte do que se ganha diretamente ao próximo?

Ou seja, exigir que os pastores recomendem que se dê diretamente aos necessitados, lembrando que a verdadeira caridade, o amor consequente e prático não precisa ser em dinheiro necessariamente, pode ser um sorriso, um incentivo, um apoio, calar-se, enfim, lembrar que todos podemos fazer boas obras e sem esperar nada em troca.

Muitos alegarão que a igreja precisa pagar suas contas, então junte-se a isso que as igrejas deixem abertos aos seus membros as contas dela e que seus membros somem a quantia EXATA de forma transparente.


Acredito que uma medida como essa não seria estranha a uma igreja bem intencionada.
pois:
• Suas despesas serão sanadas
• A igreja se livra de dúvidas sobre sua probidade.
• Seus membros passam a justificar ir à igreja, tornando prático o Evangelho em vez de repetição do que fizeram os seguidores de Jesus em seu tempo.
• Ganha mais respeito e credibilidade.
• Cumpre-se como se vê na bíblia, do velho ao novo Testamento)
• Garantia de que o destino do dízimo seja cumprido.
• Pratica-se o dízimo e as ofertas como está na bíblia.

Escândalos como se vê fartamente por aí e nos meios de comunicação poderão cair e no lugar do pastores que passam a maior parte do culto falando da fé dos fiéis que não deve ter limites ao mesmo tempo que pede dinheiro em quantidade mediante o tamanho da fé destes, ficariam os pastores que dedicam suas vidas para falar sobre Jesus, não por dinheiro como fazem os mercenários da fé, mas por amor, como deve ser, a exemplo de Jesus.

Em meio ao comércio da fé que se institucionalizou, fazendo com que empresários percebam que o mercado da fé é altamente lucrativo e TANTAS igrejas nasceram assim, quantas igrejas de boa fé sobrariam?

Certamente as únicas que merecem continuar. E as que merecem continuar são aquelas que o praticam de acordo com a bíblia. E na bíblia está bem claro e muito bem explicado nesses vídeos, pelo professor de História do Cristianismo Leandro Vilella:

PARTE 1


PARTE 2


34.Então o Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo,
35.porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes;
36.nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim.
37.Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber?
38.Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos?
39.Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar?
40.Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.
41.Voltar-se-á em seguida para os da sua esquerda e lhes dirá: - Retirai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e aos seus anjos.
42.Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber;
43.era peregrino e não me acolhestes; nu e não me vestistes; enfermo e na prisão e não me visitastes.
44.Também estes lhe perguntarão: - Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, peregrino, nu, enfermo, ou na prisão e não te socorremos?
45.E ele responderá: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que deixastes de fazer isso a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer.
46.E estes irão para o castigo eterno, e os justos, para a vida eterna.
(Mateus 40)

Se tirarmos dos falsos profetas e darmos diretamente aos pequeninos, lutamos contra a iniquidade e certamente, a Jesus estaremos a fazer.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Credo de Atanásio

"O Credo de Atanásio, subscrito pelos três principais ramos da Igreja Cristã, é geralmente atribuído a Atanásio, Bispo de Alexandria (século IV), mas estudiosos do assunto conferem a ele data posterior (século V). Sua forma final teria sido alcançada apenas no século VIII. O texto grego mais antigo deste credo provém de um sermão de Cesário, no início do século VI."


Todo aquele que quiser ser salvo, é necessário acima de tudo, que sustente a fé católica.
A qual, a menos que cada um preserve perfeita e inviolável, certamente perecerá para sempre.
Mas a fé universal é esta, que adoremos um único Deus em Trindade, e a Trindade em unidade.
Não confundindo as pessoas, nem dividindo a substância.
Porque a pessoa do Pai é uma, a do Filho é outra, e a do Espírito Santo outra.
Mas no Pai, no Filho e no Espírito Santo há uma mesma divindade, igual em glória e co-eterna majestade.
O que o Pai é, o mesmo é o Filho, e o Espírito Santo.
O Pai é não criado, o Filho é não criado, o Espírito Santo é não criado.
O Pai é ilimitado, o Filho é ilimitado, o Espírito Santo é ilimitado.
O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno.
Contudo, não há três eternos, mas um eterno.
Portanto não há três (seres) não criados, nem três ilimitados, mas um não criado e um ilimitado.
Do mesmo modo, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente.
Contudo, não há três onipotentes, mas um só onipotente.
Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus.
Contudo, não há três Deuses, mas um só Deus.
Portanto o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, e o Espírito Santo é Senhor.
Contudo, não há três Senhores, mas um só Senhor.
Porque, assim como compelidos pela verdade cristã a confessar cada pessoa separadamente como Deus e Senhor; assim também somos proibidos pela religião universal de dizer que há três Deuses ou Senhores.
O Pai não foi feito de ninguém, nem criado, nem gerado.
O Filho procede do Pai somente, nem feito, nem criado, mas gerado.
O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, não feito, nem criado, nem gerado, mas procedente.
Portanto, há um só Pai, não três Pais, um Filho, não três Filhos, um Espírito Santo, não três Espíritos Santos.
E nessa Trindade nenhum é primeiro ou último, nenhum é maior ou menor.
Mas todas as três pessoas co-eternas são co-iguais entre si; de modo que em tudo o que foi dito acima, tanto a unidade em trindade, como a trindade em unidade deve ser cultuada.
Logo, todo aquele que quiser ser salvo deve pensar desse modo com relação à Trindade.
Mas também é necessário para a salvação eterna, que se creia fielmente na encarnação do nosso Senhor Jesus Cristo.
É, portanto, fé verdadeira, que creiamos e confessemos que nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é tanto Deus como homem.
Ele é Deus eternamente gerado da substância do Pai; homem nascido no tempo da substância da sua mãe.
Perfeito Deus, perfeito homem, subsistindo de uma alma racional e carne humana.
Igual ao Pai com relação à sua divindade, menor do que o Pai com relação à sua humanidade.
O qual, embora seja Deus e homem, não é dois, mas um só Cristo.
Mas um, não pela conversão da sua divindade em carne, mas por sua divindade haver assumido sua humanidade.
Um, não, de modo algum, pela confusão de substância, mas pela unidade de pessoa.
Pois assim como uma alma racional e carne constituem um só homem, assim Deus e homem constituem um só Cristo.
O qual sofreu por nossa salvação, desceu ao Hades, ressuscitou dos mortos ao terceiro dia.
Ascendeu ao céu, sentou à direita de Deus Pai onipotente, de onde virá para julgar os vivos e os mortos.
Em cuja vinda, todos os homens ressuscitarão com seus corpos, e prestarão conta de suas obras.
E aqueles que houverem feito o bem irão para a vida eterna; aqueles que houverem feito o mal, para o fogo eterno.
Esta é a fé Universal, a qual a não ser que um homem creia firmemente nela, não pode ser salvo.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Angariadores de Fundos....trampo bom!







Este anúncio saiu em um jornal de grande circulação do Rio de Janeiro. Após ler este anúncio de emprego (tem que ser emprego porque está no Caderno de Empregos, página 6) tive que refletir sobre o fato.
Lógico que não vou criticar a Igreja Divina Nossa Era porque, pelo menos, ela está sendo sincera e mostrando o que as igrejas estão procurando não só no século XXI, mas há tempos.
Ao começar a pensar no texto do anúncio me vi diante de uma nova profissão e esta nem tem um sindicato ou uma qualificação para ser exercida. Pode-se ver que não está sendo pedido currículo, nem algum tipo de diploma que possa dar qualificação aos candidatos. O que se pede é que sejam angariadores de fundos. A única limitação é quanto ao número de candidatos: 8 sacerdotes e 2 bispos.
Lógico que é preciso limitar os candidatos, caso contrário esta igreja ficará com uma fila maior do que a da venda de ingressos para o jogo do Flamengo no Maracanã neste ano.
Estou exagerando? Vocês acham isto?
Peguei pesado na comparação?
Vou mostrar a vocês que não!
Pare um pouco e preste atenção ao que tem à sua volta. Tenho certeza que na sua rua ou no seu bairro tem mais de uma igreja. Também tenho certeza que há várias novas surgindo, se é que já não surgiram e ainda são pequenas. Sabe aquelas igrejas pequenas que iniciam numa garagem ou na área da casa de alguém e que a cada dia vai crescendo? Pois é! Veja se não há uma delas.
Há igrejas a cada 500 metros ou menos do que isto. Deveria haver uma regra no Brasil. Só deveria ter igrejas a certa distância determinada, porque as igrejas estão fazendo muito mal à sociedade brasileira.
A rocinha, maior favela urbana do Rio, tem mais de 100 igrejas, sem contar com essas que acabei de citar, os pontos de pregação e as casas onde há reuniões de oração freqüente. E vocês sabem quem reintegra o homem à sociedade? O Esporte e algumas ONG sociais.
Outro malefício que elas causam está relacionado ao meio ambiente, porque elas desmatam, cimentam tudo, criam edifícios fora dos padrões determinados pelo CREA de qualquer região (afinal não há saída de incêndio nem acesso para deficientes). Também, para que deficientes numa igreja? Deus cura a todos! Quem não for curado é do Diabo e precisa sair da igreja. Incêndio? Eles crêem que isto nunca irá acontecer na casa de Deus.
Ah! Também não posso esquecer de citar que as igrejas não deixam as pessoas terem um final de semana em paz, porque as liturgias dos cultos atuais são com decibéis acima do permitido por lei.
Por último, vou citar a propaganda principal do anúncio: DINHEIRO, ou melhor, ANGARIADORES DE FUNDOS. Afinal, que não tiver condições de ludibriar o povo nem adianta aparecer.
Agora, vejam que só não é engraçado porque é real. Os fundos não são angariados para as pessoas necessitadas, mas para aumentar as igrejas e enriquecer seus líderes. Ontem mesmo, estava dentro de um ônibus, indo trabalhar quando entrou um rapaz pedindo uma ajuda para uma Casa de Recuperação de Viciados, cuja direção é evangélica. Eles precisam de oferta das pessoas porque as igrejas não são entidades filantrópicas, isto aparece apenas no Estatuto.
Eu que conheço elas por dentro e por fora, várias vezes vi pastores, ao terminarem o culto, pegarem seus carros novos (luxuosos ou ainda não) e irem para casa e dizerem aos que ficam à porta: “Tenham uma semana abençoada por Deus”. Entretanto, os que estão à porta estão esperando a chuva diminuir para pegarem uma condução coletiva, seja legalizada ou não, para irem para casa dormir. O dinheiro que comprou o carro do pastor foi dado por essas pessoas, mas quem se importa com isso, ele é o ANJO da igreja. O povo é que tem que ralar, só serve para dar dinheiro e encher a igreja e trazer mais pessoas para dar mais dinheiro.
Salvação? Ela será real se eles conseguirem se salvar do assalto, chuva ou da gripe que poderão pegar numa noite dessa qualquer.
Bom, acho que já deu para vocês pensarem o que são as igrejas nos dias atuais, ou melhor, o que elas sempre foram. Eu não vou falar mais porque vou acabar falando sobre o Imposto de Renda e posso despertar o Ministério da Fazenda e eles vão começar a trabalhar e ganhar todo o nome, sendo que a idéia partiu de minha parte. Um dia eles vão procurar averiguar isto (só espero que não seja no próximo milênio).
Quanto a vocês que estão lendo este texto, vou utilizar as palavras de um amigo meu, de uma comunidade do orkut. Tentem ligar, quem sabe não conseguem um bom emprego lá? Afinal, o trampo é bom...

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Os Extraterrestres



Tenho que concordar com dois amigos que tenho. Um é o meu amigo-irmão Anderson, ele sempre me diz que há horas em que é preciso soltar os demônios que temos dentro de nós , caso contrário às coisas pioram e ficamos muito mal. O outro é um amigo virtual e de leitura, Rubem Alves, ele costuma dizer que às vezes um demônio toma conta dele e o impulsiona a escrever coisas que ele não quer, mas que precisam ser escritas, do contrário o demônio não o solta e não vai embora.
Isto tem acontecido comigo e já faz algum tempo. Não é à toa que recebi o apelido de kapiroto quando fiz o curso de bacharel em teologia. Capiroto é um tipo de demônio e o vocábulo demônio vem do grego e segundo o dicionário Aurélio significava, na antigüidade, um gênio inspirado, bom ou mau, que presidia no caráter do indivíduo. É uma força ou um estímulo interior que excita ou externa os sentimentos e paixões.
É por isso que nós poetas, em certos momentos, somos possuídos por um demônio e precisamos fazer o que eles querem. Eu, particularmente, tenho um que não só me impulsiona a escrever como me mostra algumas coisas. Foi de um desses inúmeros kapirotos que tenho que recebi um dom especial, o dom da percepção. Percebo coisas que não quero e elas me mostram o mundo de uma forma diferente.
Através deste dom eu consigo ver extraterrestres. Se alguém pensa que eles não existem, está muito enganado, porque existem sim. Todos os dias eu vejo um. As vezes vejo vários e na maioria todos estão juntos. Andam em bandos. Eu os vejo em vários lugares, até na televisão e os ouço nas rádios.
Mas saiba que não é fácil distingui-los. Estamos acostumados com os filmes de ficção científica e com os ufólogos a pensar que os famosos ET’s têm cabeça grande e corpo franzino. Na verdade, eles são iguais aos humanos, por isso é difícil identificá-los. A única forma de reconhecê-los é ouvindo o que eles têm a dizer, porque quando falam, eles deixam perceber quem realmente são.
Onde moram e onde se reúnem? Em vários lugares, principalmente nas igrejas. Sim, nas igrejas, casa de deuses e semideuses, onde as forças intelectuais se fundem com as místicas e muita coisa acontece. Alguns são protagonistas de atos bárbaros e outros são políticos.
Tempos atrás encontrei com uma extraterrestre. Ela me procurou para tirar um dedo de prosa e após uns três minutos de conversa, logo se identificou. Ela me disse:
- “O Sr. sabe né? Porque nós não somos deste mundo. Quando formos para o céu...”
Rapidamente percebi quem era e tentei mostrar-lhe as maravilhas que este mundo contém. Falei deste imenso jardim cheio de belezas e alegrias. Falei dos mares, rios, florestas, animais; falei do vento e muitas outras coisas belas que existem. Mas ela me disse que não quer morar aqui. Quer morar no céu, porque lá o mar é de cristal e as ruas são de ouro.
Fiquei triste por ela. Coitada, não sabe apreciar a beleza que este mundo contém. A Bíblia, livro de deuses, diz que quando o mundo começou a ser criado, Deus fez um lindo e belo jardim. Colocou nele tudo que achava bonito e que possuía de melhor. Ele utilizou todas as suas energias para construí-lo. Sua dedicação foi tanta que no 7º dia não agüentou mais, estava exausto de tanto caprichar na sua obra prima, que descansou. Por isso ao terminar de construir o jardim no 6º dia, ele olhou para tudo o que havia criado, avaliou e viu que era tudo muito bom. Como estava muito exausto, descansou.
Mas Deus colocou no meio desse maravilhoso jardim um casal de humanos para cuidar e amá-lo. Também lhes deu a liberdade de usufruírem tudo o que o jardim possuía. Deus lhes disse que poderiam brincar à vontade e de tudo o que quisessem, mas que sempre nos finais dos dias iria visitá-los. Sua visita aconteceria quando eles estivessem indo descansar ao final de um dia pois seria o momento em que estariam mais propensos a ouvi-lo. E assim passavam-se os dias....
Um dia, porém, o casal resolveu brincar de serem deuses e penetraram no mais íntimo de seu ser e tornaram-se numa só pessoa contendo o bem e o mal. Pior de tudo, viraram semideuses, verdadeiros extraterrestres. Quando Deus veio visitá-los no final daquele dia percebeu algo diferente. Deus viu que eles viraram extraterrestres e que foram contrários à toda beleza que ele criara. Por isso Deus não teve outra alternativa, a não ser, deixá-los brincando de serem deuses, mas agora como extraterrestres.
Para satisfazê-los, Deus deixou que procurassem um mundo melhor daquele maravilhoso jardim que fora criado. É por isso que hoje em dia eles dizem que o seu mundo terá um mar de cristal e as ruas serão de ouro. Eles não conseguem sentir o beijo suave e delicado de uma brisa, o perfume da terra ao ser molhada pela chuva, não vêem o balé da chuva chegando, não ouvem a sinfonia dos pássaros, nem o desfile de moda das flores.
Fico imaginando como deverá ser o mundo deles. Eu, que adoro mergulhar no mar, fico imaginando como deve ser doloroso fazer isto num mar de cristal e como deve ser o fundo de um mar desses. Os peixes devem ser de vidro, as plantas de cristais de rochas e tomara que não contenha sal, porque arderá muito nos cortes provocados pelo cristal. Sinto dor só em pensar ao entrar debaixo de uma cachoeira onde há cristal ao invés de água. Coisa de extraterrestre mesmo.
E as ruas?
Imagine uma rua de ouro, que com o passar dos anos vai escurecendo. Os extraterrestres nunca sentirão o cheiro maravilhoso do perfume da terra molhada. Também nunca poderão sentir o frio da terra ao colocarem sobre ela os seus pés descalços. Sem contar que com o passar dos anos, começarão a serem garimpadas, destruídas. Eles roubarão o seu ouro e elas ficarão horríveis. Afinal, ruas de ouro e mar de cristal é uma idéia que vem de uma época onde isso era a maior fonte de riqueza que existia.
Andar numa rua de ouro em pleno sol de meio-dia seria um enorme incômodo para os seres humanos, mas para extraterrestres não.
Por desprezarem tanto este mundo (jardim) e por quererem muito viver neste mundo que eles dizem que existirá, mundo imaginário, eles não se preocupam com a Terra e por isso destroem o ecossistema. Fazem desmatamentos e cimentam tudo, poluem os rios, esbanjam água, fazem queimadas e poluem o ar. Soltam balões e muitas outras coisas piores.
Isso é até uma questão lógica, porque se não amam este maravilhoso jardim criado por Deus com tudo o que há, como podem amar os seres que vivem nele?
Você já viu algum extraterrestre? Acredito que sim!
Talvez haja um na sua rua, no seu bairro, no seu trabalho, escola ou em outro lugar próximo a você. Mas não se preocupe, porque eles não fazem coisas ruins como nos filmes. Os seus atos ruins são demonstrados com o passar do tempo.
Um dia contarei como ele utilizam e como falam ao telefone, mas no momento, preciso atender um que acabou de me ligar...

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

A Carta de Elias


"Foi então que lhe trouxeram da parte do profeta Elias uma mensagem concebida nos seguintes termos: Eis o que diz o Senhor, Deus de Davi, teu pai: Porque não andaste nas pegadas de teu pai Josafá, nem nas de Asa, rei de Judá."

II Crônicas 21

"Se não se convencem pelos fatos, menos o fariam pelo raciocínio."

O escritor José Reis Chaves, autor do livro A Face Oculta das Religiões, em um artigo publicado, em sua Coluna, de 26.04.04, no jornal "O Tempo", de Belo Horizonte, "Ressurreição de Todos", dá-nos uma informação interessantíssima.

Diz ele:
"E o desaparecimento de Elias vivo confundiu muito os teólogos sobre a ressurreição. Mas ele ficou na Terra, pois Jorão recebeu dele uma carta (2 Crônicas 21,12)."

Muitas vezes não enxergamos o óbvio, pois realmente, segundo a narrativa bíblica citada, Elias, depois de ter sido supostamente arrebatado, enviou mesmo uma carta a Jorão, filho e sucessor de Josafá, de Judá. Confirmam isso os tradutores da Bíblia de Jerusalém, quando nos oferecem a seguinte explicação para essa passagem:
De acordo com a cronologia de 2Rs, Elias tinha desaparecido antes do reinado de Jorão de Israel (2Rs 2; 3,1) e, portanto, antes de Jorão de Judá (2Rs 8,16; cf. no entanto 2Rs 1,17). O cronista deve utilizar uma tradição apócrifa.

Mas o que há de extraordinário nisso? Bom, se a passagem mencionada for verdadeira, e aqui os defensores da inerrância bíblica, por coerência, não podem aceitar de outro modo, estaremos diante de duas alternativas:

A primeira alternativa: que Elias não foi arrebatado, já que envia uma carta. Isso para nós foi o que de fato ocorreu, uma vez que é difícil sustentar que alguém tenha sido arrebatado de corpo e alma levando-se em conta que se "Deus é espírito" (Jo 4,24), nós também somos seres espirituais, já que fomos criados à Sua imagem e semelhança. Por outro lado, se "O espírito é que dá vida, a carne não serve para nada" (Jo 6,63) e que "A carne e o sangue não podem herdar o reino dos céus" (1Cor 15,50) não há como compatibilizar corpo físico na dimensão espiritual.

A segunda alternativa: poderá deixar alguns fanáticos perplexos, é que, se aceitarmos que não há exceção nas Leis Divinas, Elias morreu, como irá acontecer com todo ser humano; daí, por força das circunstâncias, teremos que admitir que, do plano espiritual, ele envia uma carta ao rei. Portanto, uma ocorrência mediúnica, com alguém servindo de médium para receber essa carta e enviá-la ao destinatário, traduzindo-se isso em uma autêntica psicografia.

A título de curiosidade, observamos que os termos usados nessa narrativa aparecem, nas diversas traduções bíblicas, ora como uma carta, ora como uma mensagem e ora como um escrito, mas, no fundo, tudo é a mesma coisa.

Na primeira hipótese acima citada, não há nenhum fato bíblico entre "os arrebatados" que venha a sustentar a possibilidade de que, em algum momento, um deles tenha se comunicado, por qualquer meio, com os encarnados.
Entretanto, quanto à segunda hipótese, ou seja, a que Elias tenha morrido, podemos comprovar biblicamente, por dois acontecimentos, os quais vêm apoiar a uma ocorrência dessa ordem.
Vejamos

* O primeiro, narrado em 1Sm 28, 1-25, é um fenômeno mediúnico de psicofonia, que registra a ocasião em que o rei Saul vai a Endor, para que, através da pitonisa (médium) que residia nessa localidade, pudesse aconselhar-se com o profeta Samuel, já desencarnado. Como estava numa situação angustiante, pois se encontrava cercado pelo exército dos filisteus, queria saber do espírito do velho profeta sobre o que o futuro lhe aguardava em relação a essa iminente guerra.

* O segundo, sempre esquecido dos contraditores da comunicação com os mortos, é quando os espíritos de Moisés e Elias apareceram a Jesus, Pedro, Tiago e João, e conversaram com o Mestre. Classificamos esse fenômeno mediúnico como de materialização, pois esses dois espíritos também foram vistos pelos três discípulos que testemunharam o fato. Podemos observar que, nos principais fenômenos mediúnicos produzidos por Jesus, vistos por alguns como milagres, os três apóstolos citados eram convidados por Ele, para deles participarem, pois só eles, entre os que o seguiam, possuíam essa energia de forma mais acentuada.

Há ainda um outro evento, que nunca é falado, pois não teria como ser negado: trata-se do acontecido com o próprio Jesus, que depois de morto comunicou-se com inúmeras pessoas. E, plagiando o que o apóstolo dos gentios disse aos coríntios, diríamos: Pois se os mortos não se comunicam, também Cristo não se comunicou. Se Cristo não se comunicou ilusória a nossa fé.

Assim, com essa carta de Elias, acreditamos estar diante de mais uma ocorrência bíblica, que vem provar a comunicação entre os dois planos da vida, embora negada sistematicamente por alguns, mas que pode ser corroborada pela própria proibição bíblica de Moisés de se comunicar com os mortos (Dt 18,9-14), já que Moisés não era tão louco assim para proibir algo que não existe. Está, portanto, comprovada pela própria Bíblia, a realidade da comunicação entre os habitantes do mundo físico com os do mundo espiritual.
E como diria Jesus: Quem tem ouvidos, ouça.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

A magia de um livro

Uma reunião de folhas impressas de uma obra intelectual, presas por um lado e montadas em capa, torna-se num livro. Pelo menos, este é o significado dado pelo dicionário da língua portuguesa, do Sr. Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Existem livros dos mais diversos tamanhos, tipos, formas, cores e estilos. Mesmo alguns sendo pequenos os seus conteúdos são imensuráveis.
Há livros pequenos com letras grandes e grandes com letras pequenas. Livros para transformar adultos em crianças e para formar crianças em adultos. Livros poéticos que sensibilizam os cientistas e científicos que ensinam aos poetas. Livros que ensinam como rezar para afugentar coisas ruins e que ensinam como rezar para trazer coisas ruins.
Existem os apaixonados pelos livros e os livros que fazem apaixonar.
É por isso que ao ler um livro, o leitor é capaz de aguçar todos os seus sentidos e sentimentos. Mexer com as suas emoções e relaxar. Despertar um gigante adormecido, o amor.
É fascinante observar como o leitor consegue absorver tantas informações apenas pelo olhar, principalmente quando este está inserido e concentrado no conteúdo de um livro.
Através de um livro, o leitor, pode ser levado ao mais infinito e recôndito da imensidão do universo. Participar de uma terrível, sangrenta e dolorosa guerra, até mesmo de uma guerra atômica, sem ser ferido. Conviver com os mais diversos personagens, que são pessoas fictícias, de uma forma tão íntima, sem nunca tê-los visto.
Através de um livro uma pessoa pode tornar-se imortal, eterna, mesmo sendo o maior ateu.
Pode-se voar nas asas de uma águia e observar, do alto, a beleza inexpressiva das águas verdes dos oceanos. Sentir o frio ou o calor. Conhecer lugares lindos que sempre foram idealizados no inconsciente, mas que até então eram pura utopia.
O leitor é capaz de apaixonar-se, amar sem ser correspondido e, não sofrer; sofrer sem amar e ser correspondido.
Há livros que servem para fazer dormir uma criança e fazer sonhar um adulto.
Dizem que há livros perigosos, de magia negra, que faz muito mal às pessoas, mas também que há livros que fazem bem a alma e dão vontade de lê-los todos os dias.
Algumas pessoas dizem que há livros que 'são de cabeceira' (da cama), porém há outros que são o alicerce de toda a casa.
Ler um livro é sinônimo de adquirir inteligência, de atualização, de ampliação do vocabulário e do conhecimento.
O leitor conhece intimidades, admira, critica e qualifica pessoas que viveram há muitos séculos atrás e ainda, têm-nas como seus ídolos. Cria, recria e faz novas filosofias. Traça metas e objetivos para a sua vida, contrariando todos os princípios que formulou desde a sua infância. Tudo isto através de um simples livro.
É possível ouvir o barulho das águas de um riacho. Sentir a brisa. Sentir o cheiro da fumaça e imaginar uma cabana no alto de uma colina. Sentir a dor da perda de um ente querido que nem é seu parente, muito menos seu conhecido.
Através de um livro é possível sentir o perfume das flores de um belo jardim, juntamente com os sons de todo o tipo de vida que ali possa existir. Mas todos os livros têm um único objetivo, que é transportar o seu leitor a lugares sem que saia de onde está. Isto faz parte da magia do livro, trabalhar com o pensamento do seu leitor e convidá-lo a uma viagem fantástica.
Quem nunca quis ter uma biblioteca na sua casa? Uma sala com a parede repleta de livros?
Quem nunca leu, ou não tem nem um livro em sua casa?
O livro é o hobby de muitos ricos e a riqueza de muitos pobres.
É interessante saber que os primeiros livros que surgiram e tem-se notícia, foram livros feitos de peles de animais e costurados. Com o passar do tempo estes livros começaram a ser feitos com uma matéria-prima, a árvore. É da árvore que sai o papel e os livros são feitos da reunião de folhas de papéis impressas. Como foi dito acima, através da definição encontrada no dicionário.
Talvez esta seja a explicação da magia, do poder mágico, existente num livro, ele começa e termina onde foi feito.
É, realmente o livro tem poderes mágicos, ou melhor, seria dizer que o livro é algo divino.
Afinal, é através de um livro que se tem conhecimento de um ser supremo, soberano, criador, que se torna o protótipo de todo o pai desejado pelos filhos. Um pai com qualidades maternas.
Dizem que o mundo foi criado a partir de um maravilhoso e agradabilíssimo jardim, e os jardins contêm muitas árvores. Este jardim que possuía todas as coisas boas desejadas pelo ser humano e foi feito com muito amor. Um amor materno e com muita dedicação.
Aqui está a magia de um livro!
A magia de um livro não consiste apenas transportar o seu leitor a lugares longínquos sem que saia de onde está, mas retornar ao jardim, que foi criado por um ser divino e supremo. Entretanto tudo isso que foi gerado, no princípio, neste jardim estava escrito dentro de um rústico, porém lindo; velho, porém atual; empoeirado mas muito usado; fabuloso e fantástico; mágico e divino, UM LIVRO.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Se eu quiser falar com Deus

Vou começar esta crônica com uma afirmação que é muito debatida nos meios religiosos, principalmente os ortodoxos.
Todo ser humano é um ser religioso por natureza. Religião é uma palavra que vem do latim religare e significa religar o homem a Deus, isto é, fazer com que o homem volte-se para um ser supremo, soberano e divino que é denominado por todos, universalmente, como Deus.
Esta afirmação é muito questionada por muitos líderes religiosos, porque eles dizem que o homem só pode encontrar a Deus por intermédio deles. Dizem também que só eles sabem como fazer este reencontro. Eles criam meios, métodos e regras que devem ser seguidos a fim de que o homem se reencontre com Deus. Mas se um destes itens for ignorado o homem não pode reencontrar-se com Deus e muito menos falar com ele. Neste mundo em que se vive, falar com Deus é um luxo que poucos têm.
Há uma música, muito bonita, do Gilberto Gil, que tem como título Se eu quiser falar com Deus. Nela Gilberto Gil diz uma série de coisas que ele precisa fazer para ter esta conversa com Deus. Entre essas coisas estão: ficar a sós, apagar a luz, calar a voz, verter a culpa, desatar os nós e etc.
Na verdade, ele quer dizer que é preciso que o homem desprenda-se do mundo que vive, das coisas que o atrapalham e olhe para dentro de si mesmo. Busque algo no seu íntimo que lhe dá livre acesso para falar com Deus.
Entretanto, antes desta música fazer sucesso no Brasil, alguém já havia falado qual é a melhor forma de falar com Deus. Foi Jesus quem disse qual é a melhor maneira de falar com Deus. Até parece que ele dá um método com regras também, mas não é. Ele diz quais são os princípios a serem tomados para falar com Deus e este se encontra na Bíblia, no evangelho de Mateus capítulo 6 versículo 6: mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, fala a teu pai que está em secreto; e teu pai, que tudo vê em secreto, te recompensará.
É desta forma que deve ser feito. Jesus ensina a entrar num lugar tranqüilo, onde o ser humano é humano; você é você, eu sou eu. Um lugar onde Deus pode vê-lo e você a ele. Por isso ele diz que se deve entrar num quarto e falar com Deus, porque Deus sempre está no lugar mais íntimo e secreto do ser humano. Deus está sempre lá esperando que alguém entre para conversar, bater um bom papo, ou como diria a minha avó: levar um dedo de prosa. Este é um lugar onde o ser humano volta às suas origens, livra-se das suas máscaras, das suas defesas e volta a ser um humano. Deus quer falar com o interior do homem e não com o exterior, afinal ele é espírito e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade (João 4.24). Deus quer conversar com o ser humano, quando ele é o mais humano possível.
Isto me lembra de uma história do Cebolinha, em quadrinho, que durante todo o dia procurou a Deus. Ele gritava por Deus em vários lugares procurando-o. Ele o procurou em vários lugares: montanhas, lagos, campos, igrejas, árvores e etc, mas não o encontrou. Voltou para casa triste, abatido e cansado. Deitou-se e foi dormir. Entretanto foi neste momento que Deus apareceu e disse que estava ali onde ele sempre estivera, no silêncio do quarto, na noite tranqüila de sono, quando o homem volta a ser criança.
Lembre-se, que para falar com Deus basta apenas, procurar um momento para ficar a sós e deixar que o seu íntimo, seu interior, seu coração o busque, que você seja você mesmo, que você volte a ser criança e assim você baterá um longo e gostoso papo com Deus, um belo dedo de prosa.