"Se não se convencem pelos fatos, menos o fariam pelo raciocínio."
Diz ele:
"E o desaparecimento de Elias vivo confundiu muito os teólogos sobre a ressurreição. Mas ele ficou na Terra, pois Jorão recebeu dele uma carta (2 Crônicas 21,12)."
Muitas vezes não enxergamos o óbvio, pois realmente, segundo a narrativa bíblica citada, Elias, depois de ter sido supostamente arrebatado, enviou mesmo uma carta a Jorão, filho e sucessor de Josafá, de Judá. Confirmam isso os tradutores da Bíblia de Jerusalém, quando nos oferecem a seguinte explicação para essa passagem:
De acordo com a cronologia de 2Rs, Elias tinha desaparecido antes do reinado de Jorão de Israel (2Rs 2; 3,1) e, portanto, antes de Jorão de Judá (2Rs 8,16; cf. no entanto 2Rs 1,17). O cronista deve utilizar uma tradição apócrifa.
A primeira alternativa: que
A segunda alternativa: poderá deixar alguns fanáticos perplexos, é que, se aceitarmos que não há exceção nas Leis Divinas, Elias morreu, como irá acontecer com todo ser humano; daí, por força das circunstâncias,
A título de curiosidade, observamos que os termos usados nessa narrativa aparecem, nas diversas traduções bíblicas, ora como uma carta, ora como uma mensagem e ora como um escrito, mas, no fundo, tudo é a mesma coisa.
Na primeira hipótese acima citada, não há nenhum fato bíblico entre "os arrebatados" que venha a sustentar a possibilidade de que, em algum momento, um deles tenha se comunicado, por qualquer meio, com os encarnados.
Entretanto, quanto à segunda hipótese, ou seja, a que Elias tenha morrido,
Vejamos
* O primeiro, narrado em 1Sm 28, 1-25, é um fenômeno mediúnico de psicofonia, que registra a ocasião em que o rei Saul vai a Endor, para que, através da pitonisa (médium) que residia nessa localidade, pudesse aconselhar-se com o profeta Samuel, já desencarnado. Como estava numa situação angustiante, pois se encontrava cercado pelo exército dos filisteus, queria saber do espírito do velho profeta sobre o que o futuro lhe aguardava em relação a essa iminente guerra.
* O segundo, sempre esquecido dos contraditores da comunicação com os mortos, é quando os espíritos de Moisés e Elias apareceram a Jesus, Pedro, Tiago e João, e conversaram com o Mestre. Classificamos esse fenômeno mediúnico como de materialização, pois esses dois espíritos também foram vistos pelos três discípulos que testemunharam o fato. Podemos observar que, nos principais fenômenos mediúnicos produzidos por Jesus, vistos por alguns como milagres, os três apóstolos citados eram convidados por Ele, para deles participarem, pois só eles, entre os que o seguiam, possuíam essa energia de forma mais acentuada.
Há ainda um outro evento, que nunca é falado, pois não teria como ser negado: trata-se do acontecido com o próprio Jesus, que depois de morto comunicou-se com inúmeras pessoas. E, plagiando o que o apóstolo dos gentios disse aos coríntios, diríamos:
Assim, com essa carta de Elias, acreditamos estar diante de mais uma ocorrência bíblica, que vem provar a comunicação entre os dois planos da vida, embora negada sistematicamente por alguns, mas que pode ser corroborada pela própria proibição bíblica de Moisés de se comunicar com os mortos (Dt 18,9-14), já que Moisés não era tão louco assim para proibir algo que não existe. Está, portanto,
E como diria Jesus: