sexta-feira, 26 de outubro de 2007

A Carta de Elias


"Foi então que lhe trouxeram da parte do profeta Elias uma mensagem concebida nos seguintes termos: Eis o que diz o Senhor, Deus de Davi, teu pai: Porque não andaste nas pegadas de teu pai Josafá, nem nas de Asa, rei de Judá."

II Crônicas 21

"Se não se convencem pelos fatos, menos o fariam pelo raciocínio."

O escritor José Reis Chaves, autor do livro A Face Oculta das Religiões, em um artigo publicado, em sua Coluna, de 26.04.04, no jornal "O Tempo", de Belo Horizonte, "Ressurreição de Todos", dá-nos uma informação interessantíssima.

Diz ele:
"E o desaparecimento de Elias vivo confundiu muito os teólogos sobre a ressurreição. Mas ele ficou na Terra, pois Jorão recebeu dele uma carta (2 Crônicas 21,12)."

Muitas vezes não enxergamos o óbvio, pois realmente, segundo a narrativa bíblica citada, Elias, depois de ter sido supostamente arrebatado, enviou mesmo uma carta a Jorão, filho e sucessor de Josafá, de Judá. Confirmam isso os tradutores da Bíblia de Jerusalém, quando nos oferecem a seguinte explicação para essa passagem:
De acordo com a cronologia de 2Rs, Elias tinha desaparecido antes do reinado de Jorão de Israel (2Rs 2; 3,1) e, portanto, antes de Jorão de Judá (2Rs 8,16; cf. no entanto 2Rs 1,17). O cronista deve utilizar uma tradição apócrifa.

Mas o que há de extraordinário nisso? Bom, se a passagem mencionada for verdadeira, e aqui os defensores da inerrância bíblica, por coerência, não podem aceitar de outro modo, estaremos diante de duas alternativas:

A primeira alternativa: que Elias não foi arrebatado, já que envia uma carta. Isso para nós foi o que de fato ocorreu, uma vez que é difícil sustentar que alguém tenha sido arrebatado de corpo e alma levando-se em conta que se "Deus é espírito" (Jo 4,24), nós também somos seres espirituais, já que fomos criados à Sua imagem e semelhança. Por outro lado, se "O espírito é que dá vida, a carne não serve para nada" (Jo 6,63) e que "A carne e o sangue não podem herdar o reino dos céus" (1Cor 15,50) não há como compatibilizar corpo físico na dimensão espiritual.

A segunda alternativa: poderá deixar alguns fanáticos perplexos, é que, se aceitarmos que não há exceção nas Leis Divinas, Elias morreu, como irá acontecer com todo ser humano; daí, por força das circunstâncias, teremos que admitir que, do plano espiritual, ele envia uma carta ao rei. Portanto, uma ocorrência mediúnica, com alguém servindo de médium para receber essa carta e enviá-la ao destinatário, traduzindo-se isso em uma autêntica psicografia.

A título de curiosidade, observamos que os termos usados nessa narrativa aparecem, nas diversas traduções bíblicas, ora como uma carta, ora como uma mensagem e ora como um escrito, mas, no fundo, tudo é a mesma coisa.

Na primeira hipótese acima citada, não há nenhum fato bíblico entre "os arrebatados" que venha a sustentar a possibilidade de que, em algum momento, um deles tenha se comunicado, por qualquer meio, com os encarnados.
Entretanto, quanto à segunda hipótese, ou seja, a que Elias tenha morrido, podemos comprovar biblicamente, por dois acontecimentos, os quais vêm apoiar a uma ocorrência dessa ordem.
Vejamos

* O primeiro, narrado em 1Sm 28, 1-25, é um fenômeno mediúnico de psicofonia, que registra a ocasião em que o rei Saul vai a Endor, para que, através da pitonisa (médium) que residia nessa localidade, pudesse aconselhar-se com o profeta Samuel, já desencarnado. Como estava numa situação angustiante, pois se encontrava cercado pelo exército dos filisteus, queria saber do espírito do velho profeta sobre o que o futuro lhe aguardava em relação a essa iminente guerra.

* O segundo, sempre esquecido dos contraditores da comunicação com os mortos, é quando os espíritos de Moisés e Elias apareceram a Jesus, Pedro, Tiago e João, e conversaram com o Mestre. Classificamos esse fenômeno mediúnico como de materialização, pois esses dois espíritos também foram vistos pelos três discípulos que testemunharam o fato. Podemos observar que, nos principais fenômenos mediúnicos produzidos por Jesus, vistos por alguns como milagres, os três apóstolos citados eram convidados por Ele, para deles participarem, pois só eles, entre os que o seguiam, possuíam essa energia de forma mais acentuada.

Há ainda um outro evento, que nunca é falado, pois não teria como ser negado: trata-se do acontecido com o próprio Jesus, que depois de morto comunicou-se com inúmeras pessoas. E, plagiando o que o apóstolo dos gentios disse aos coríntios, diríamos: Pois se os mortos não se comunicam, também Cristo não se comunicou. Se Cristo não se comunicou ilusória a nossa fé.

Assim, com essa carta de Elias, acreditamos estar diante de mais uma ocorrência bíblica, que vem provar a comunicação entre os dois planos da vida, embora negada sistematicamente por alguns, mas que pode ser corroborada pela própria proibição bíblica de Moisés de se comunicar com os mortos (Dt 18,9-14), já que Moisés não era tão louco assim para proibir algo que não existe. Está, portanto, comprovada pela própria Bíblia, a realidade da comunicação entre os habitantes do mundo físico com os do mundo espiritual.
E como diria Jesus: Quem tem ouvidos, ouça.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

A magia de um livro

Uma reunião de folhas impressas de uma obra intelectual, presas por um lado e montadas em capa, torna-se num livro. Pelo menos, este é o significado dado pelo dicionário da língua portuguesa, do Sr. Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Existem livros dos mais diversos tamanhos, tipos, formas, cores e estilos. Mesmo alguns sendo pequenos os seus conteúdos são imensuráveis.
Há livros pequenos com letras grandes e grandes com letras pequenas. Livros para transformar adultos em crianças e para formar crianças em adultos. Livros poéticos que sensibilizam os cientistas e científicos que ensinam aos poetas. Livros que ensinam como rezar para afugentar coisas ruins e que ensinam como rezar para trazer coisas ruins.
Existem os apaixonados pelos livros e os livros que fazem apaixonar.
É por isso que ao ler um livro, o leitor é capaz de aguçar todos os seus sentidos e sentimentos. Mexer com as suas emoções e relaxar. Despertar um gigante adormecido, o amor.
É fascinante observar como o leitor consegue absorver tantas informações apenas pelo olhar, principalmente quando este está inserido e concentrado no conteúdo de um livro.
Através de um livro, o leitor, pode ser levado ao mais infinito e recôndito da imensidão do universo. Participar de uma terrível, sangrenta e dolorosa guerra, até mesmo de uma guerra atômica, sem ser ferido. Conviver com os mais diversos personagens, que são pessoas fictícias, de uma forma tão íntima, sem nunca tê-los visto.
Através de um livro uma pessoa pode tornar-se imortal, eterna, mesmo sendo o maior ateu.
Pode-se voar nas asas de uma águia e observar, do alto, a beleza inexpressiva das águas verdes dos oceanos. Sentir o frio ou o calor. Conhecer lugares lindos que sempre foram idealizados no inconsciente, mas que até então eram pura utopia.
O leitor é capaz de apaixonar-se, amar sem ser correspondido e, não sofrer; sofrer sem amar e ser correspondido.
Há livros que servem para fazer dormir uma criança e fazer sonhar um adulto.
Dizem que há livros perigosos, de magia negra, que faz muito mal às pessoas, mas também que há livros que fazem bem a alma e dão vontade de lê-los todos os dias.
Algumas pessoas dizem que há livros que 'são de cabeceira' (da cama), porém há outros que são o alicerce de toda a casa.
Ler um livro é sinônimo de adquirir inteligência, de atualização, de ampliação do vocabulário e do conhecimento.
O leitor conhece intimidades, admira, critica e qualifica pessoas que viveram há muitos séculos atrás e ainda, têm-nas como seus ídolos. Cria, recria e faz novas filosofias. Traça metas e objetivos para a sua vida, contrariando todos os princípios que formulou desde a sua infância. Tudo isto através de um simples livro.
É possível ouvir o barulho das águas de um riacho. Sentir a brisa. Sentir o cheiro da fumaça e imaginar uma cabana no alto de uma colina. Sentir a dor da perda de um ente querido que nem é seu parente, muito menos seu conhecido.
Através de um livro é possível sentir o perfume das flores de um belo jardim, juntamente com os sons de todo o tipo de vida que ali possa existir. Mas todos os livros têm um único objetivo, que é transportar o seu leitor a lugares sem que saia de onde está. Isto faz parte da magia do livro, trabalhar com o pensamento do seu leitor e convidá-lo a uma viagem fantástica.
Quem nunca quis ter uma biblioteca na sua casa? Uma sala com a parede repleta de livros?
Quem nunca leu, ou não tem nem um livro em sua casa?
O livro é o hobby de muitos ricos e a riqueza de muitos pobres.
É interessante saber que os primeiros livros que surgiram e tem-se notícia, foram livros feitos de peles de animais e costurados. Com o passar do tempo estes livros começaram a ser feitos com uma matéria-prima, a árvore. É da árvore que sai o papel e os livros são feitos da reunião de folhas de papéis impressas. Como foi dito acima, através da definição encontrada no dicionário.
Talvez esta seja a explicação da magia, do poder mágico, existente num livro, ele começa e termina onde foi feito.
É, realmente o livro tem poderes mágicos, ou melhor, seria dizer que o livro é algo divino.
Afinal, é através de um livro que se tem conhecimento de um ser supremo, soberano, criador, que se torna o protótipo de todo o pai desejado pelos filhos. Um pai com qualidades maternas.
Dizem que o mundo foi criado a partir de um maravilhoso e agradabilíssimo jardim, e os jardins contêm muitas árvores. Este jardim que possuía todas as coisas boas desejadas pelo ser humano e foi feito com muito amor. Um amor materno e com muita dedicação.
Aqui está a magia de um livro!
A magia de um livro não consiste apenas transportar o seu leitor a lugares longínquos sem que saia de onde está, mas retornar ao jardim, que foi criado por um ser divino e supremo. Entretanto tudo isso que foi gerado, no princípio, neste jardim estava escrito dentro de um rústico, porém lindo; velho, porém atual; empoeirado mas muito usado; fabuloso e fantástico; mágico e divino, UM LIVRO.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Se eu quiser falar com Deus

Vou começar esta crônica com uma afirmação que é muito debatida nos meios religiosos, principalmente os ortodoxos.
Todo ser humano é um ser religioso por natureza. Religião é uma palavra que vem do latim religare e significa religar o homem a Deus, isto é, fazer com que o homem volte-se para um ser supremo, soberano e divino que é denominado por todos, universalmente, como Deus.
Esta afirmação é muito questionada por muitos líderes religiosos, porque eles dizem que o homem só pode encontrar a Deus por intermédio deles. Dizem também que só eles sabem como fazer este reencontro. Eles criam meios, métodos e regras que devem ser seguidos a fim de que o homem se reencontre com Deus. Mas se um destes itens for ignorado o homem não pode reencontrar-se com Deus e muito menos falar com ele. Neste mundo em que se vive, falar com Deus é um luxo que poucos têm.
Há uma música, muito bonita, do Gilberto Gil, que tem como título Se eu quiser falar com Deus. Nela Gilberto Gil diz uma série de coisas que ele precisa fazer para ter esta conversa com Deus. Entre essas coisas estão: ficar a sós, apagar a luz, calar a voz, verter a culpa, desatar os nós e etc.
Na verdade, ele quer dizer que é preciso que o homem desprenda-se do mundo que vive, das coisas que o atrapalham e olhe para dentro de si mesmo. Busque algo no seu íntimo que lhe dá livre acesso para falar com Deus.
Entretanto, antes desta música fazer sucesso no Brasil, alguém já havia falado qual é a melhor forma de falar com Deus. Foi Jesus quem disse qual é a melhor maneira de falar com Deus. Até parece que ele dá um método com regras também, mas não é. Ele diz quais são os princípios a serem tomados para falar com Deus e este se encontra na Bíblia, no evangelho de Mateus capítulo 6 versículo 6: mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, fala a teu pai que está em secreto; e teu pai, que tudo vê em secreto, te recompensará.
É desta forma que deve ser feito. Jesus ensina a entrar num lugar tranqüilo, onde o ser humano é humano; você é você, eu sou eu. Um lugar onde Deus pode vê-lo e você a ele. Por isso ele diz que se deve entrar num quarto e falar com Deus, porque Deus sempre está no lugar mais íntimo e secreto do ser humano. Deus está sempre lá esperando que alguém entre para conversar, bater um bom papo, ou como diria a minha avó: levar um dedo de prosa. Este é um lugar onde o ser humano volta às suas origens, livra-se das suas máscaras, das suas defesas e volta a ser um humano. Deus quer falar com o interior do homem e não com o exterior, afinal ele é espírito e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade (João 4.24). Deus quer conversar com o ser humano, quando ele é o mais humano possível.
Isto me lembra de uma história do Cebolinha, em quadrinho, que durante todo o dia procurou a Deus. Ele gritava por Deus em vários lugares procurando-o. Ele o procurou em vários lugares: montanhas, lagos, campos, igrejas, árvores e etc, mas não o encontrou. Voltou para casa triste, abatido e cansado. Deitou-se e foi dormir. Entretanto foi neste momento que Deus apareceu e disse que estava ali onde ele sempre estivera, no silêncio do quarto, na noite tranqüila de sono, quando o homem volta a ser criança.
Lembre-se, que para falar com Deus basta apenas, procurar um momento para ficar a sós e deixar que o seu íntimo, seu interior, seu coração o busque, que você seja você mesmo, que você volte a ser criança e assim você baterá um longo e gostoso papo com Deus, um belo dedo de prosa.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Criando Deus



"A dualidade da natureza de Cristo,
a necessidade, tão humana, tão sobre-humana, do homem de atingir Deus,
tem sido um mistério profundo e insondável para mim.
Minha principal angústia e a fonte de todas as minhas alegrias e sofrimentos desde a juventude tem sido a incessante, impiedosa batalha entre o espírito e a carne... e minha alma é a arena onde esses dois exércitos têm lutado".
Nikos Kazantzakis


Por que procuramos entender a divindade de Jesus?
A humanidade em seus primórdios tendeu sempre a endeusar algum ser que os proteja ou garanta órdem. Isso é latente, já nascemos com esse conceito, sendo protegidos por nossos pais. Os animais aprendem desde cedo a reconhecer o que lhes é bom e o que devem temer pelos seus pais.
Assim se constroem deuses materiais ou espirituais. Como materiais, construiu-se totens e espirituais os mitos. Mas é tudo a mesma coisa.

Na minha opinião pessoal, isso pra nada serve e acredito que o homem, conforme aprende a reconhecer sua responsabilidade no mundo, assume para si o papel de deus que lhe cabe. Como deus que é, seus atos geram conseqüências e se o mundo não é perfeito, é responsável. Homens constroem coisas que beneficiam a todos. Homens constroem idéias que melhoram ou pioram nossas vidas. Homens constroem deuses também para justificar sua covardia ou inanição ou para terem seus pais que os protegem.
Jesus foi um grande exemplo de homem e endeusá-lo foi mais prejudicial que benéfico na minha opinião. Pode um deus ser exemplo para um homem?
Um homem pode ser exemplo para outro. Jesus homem poderia nos inspirar a aceitarmos nossa cruz, ou seja, nossas dificuldades, e segui-lo, a seguir seu exemplo com coragem e determinação e compreender que o dia que cada um de nós entender nossa responsabilidade no mundo e nossa integração, passaremos a pensar mais no próximo e fazer a ele o que esperamos que o próximo nos faça. Poderemos cuidar melhor do nosso planeta, a pensar em melhorar a igualdade social em vez de aumentarmos os muros de nossas casas.
Enfim, a procura do Deus Jesus para a nossa salvação nos faz na verdade nos perder, pois ao pensarmos em nós em primeiro lugar, construímos um mundo onde cada um procura o melhor para si e um mundo assim nos dá em troca a disputa que nos faz lamentar e precisar de quem nos proteja, um deus. Assim construímos um totem ou damos o nome de um já inventado.


"...nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou."

με ο πατηρ μου ταυτα λαλω
João 8:28

Nós, como irmãos de Jesus, somos filhos do mesmo Pai. Podemos fazer igual ou até mais que ele. Se ele é Deus, nós também somos.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Cristianismo provoca SUICÍDIO entre homossexuais




O Cristianismo e suas crenças conservadoras já causaram mais morte entre os homossexuais do que o número total de assassinados de quando se costumavam exterminar bruxas e hereges durante a Idade Média e a Renascença.

O departamento de saúde dos Estados Unidos estimou que pelo menos 30% do suicídio entre os jovens seja cometido por gays e lésbicas. O Departamento indica que 30% ainda é o mínimo que se pode afirmar. É um número bastante alto considerando que os homossexuais constituem apenas 5% do número total de jovens. Portanto um jovem homossexual está pelo menos 6 vezes mais suscetível ao suicídio do que um jovem heterossexual. Especialistas estimam que pelo menos 40% desses suicídios tenham ligações diretas com crenças religiosas. Veja matéria completa (em inglês)

E o Brasil é campeão de agressoes e assassinatos de GLBTs, porém os pastores que vociferam preconceitos de seus púlpitos fazem cara de paisagem e dizem que não incentivam a violencia.

Vamos imaginar que você esteja num mundo onde a maioria é homossexual e isso é considerado "o certo", mas você sente prazer heterossexual. Você tem sua fé, mas vem um energúmeno e te fala assim:

"Vc nao consegue deixar de ter atencao por mulheres pq satanas tem uma corrente em vc. Vc esta aprisionada pelo pecado e nao consegue se libertar. Ore e busque em Jesus a sua libertacao. Cubra sua vida com o SANGUE de Jesus. peca ao Senhor TODOS os dias que cubra sua mente e seu coracao. Ha poder no sangue de Jesus que simboliza o sacrificio DELE na cruz para nos libertar dos nossos pecados".

("conselho" real de uma energúmena para uma moça em conflito por sua homossexualidade que tenta não aceitar mas não consegue)

Imagine ouvir dezenas de "conselhos" assim...


Enquanto o " " "cristão" " " em sua soberba, no seu falso puritanismo decreta aos quatro ventos que amam o pecador mas abominam o pecado, fazendo de tudo para que homossexuais acreditem nisso, suicídios ocorrem na solidão dos que ficam assim, sem a compreenção de ninguêm, sem entender porque são "diferentes e tão errados", ouvindo que Jesus os ama e os quer ver mudar o que não se trata de decisão.
A única coisa que um cristão, ou melhor, um ser humano poderia fazer é pelo menos tentar compreender, sem julgar. Melhor dizendo: aceitar como "queremos" que aceitem a nossa sexualidade hetero como ela é, embora não seja da conta de ninguêm.
O que o " " "cristão" " " não entende é que não se trata as pessoas assim, ninguêm é dona da verdade e nem a bíblia condena REALMENTE o homossexualismo. Não faltavam palavras em hebraico e grego, nem costume evidente nos povos antigos que precedem a bíblia e mesmo assim não há tantas proibições tão explícitas que justifiquem tamanha falta de amor.
Quando um homossexual se sente inferior e errado, indigno por reconhecer a impossibilidade de sentir diferente do que sente, se pergunta a Deus porque nasceu "diferente" e muitas vezes procura uma igreja e isso pode ser sua última esperança em acreditar que Deus não foi injusto com ele. A palavra "cristã", o conselho soberbo "cheio de amor" dos que amam o homossexual mas abominam sua homossexualidade, tudo isso, Mostra a ele que Deus realmente foi injusto e o fez nascer com uma desgraça e é culpa dele se não consegue porque prefere ouvir satanás, isso contribui para que a falta de esperança e reconhecimento de sua impotência em "ser dígno", além de uma placa de imoral e nojento brilhe em sua imagem no espelho se transforma na "coragem" que precisava para "arrancar de si o que lhe faz pecar": ele próprio.
Lamentavelmente, já que deveria ser aquele que segue o exemplo de Cristo e deveria amar e acolher, o " " "cristão" " " é o que mais contribui para oferecer uma gilete, o empurrão do alto de um prédio, o copo d'água para descer os comprimidos ou qualquer coisa que faça o "pecador" tirar de si "o pecado" com a arma mais poderosa, a que faz essas agirem: a comprovação de que Deus condena o que ele é pelos juizes escolhidos por Deus, orientados pelo "espírito santo". Quem abomina o "pecado" na verdade abomina o "pecador", é igual, só que de forma hipócrita. Melhor seria poupar os "pecadores" de uma religião que só serve a um gueto de desgraçados.
Um crente robotizado que sublima sua vida num modo de vida "considerado certo" não tem sentimentos reais para dizer a alguém com a alma enxarcada de sentimentos conflitantes, como ela deve sentir. Melhor seria calar a boca.